A burocracia brasileira é reconhecidamente elevada em todos os setores — principalmente quando comparada com a de outros países como o nosso. No entanto, algumas iniciativas surgem na contramão desse panorama desestimulante aos negócios. É o caso das fintechs, as startups do segmento financeiro.
Startups são as empresas emergentes que desenvolvem um modelo de negócio escalável, mesmo diante de condições que apontam extrema incerteza. Por isso, as fintechs são conhecidas como uma versão menos burocrática dos bancos — instituições pouco populares entre pessoas físicas e jurídicas.
Quer saber como as fintechs estão mudando o mercado financeiro brasileiro? Continue a leitura e saiba mais sobre essas startups.
O que há por trás das fintechs?
Dentro do segmento financeiro, existem diversas fintechs com focos em diferentes nichos: meios de pagamento, banco on-line, cartão de crédito, gerenciamento de finanças, empréstimos e negociação de dívidas, capitalização, investimentos, eficiência financeira, seguros, bitcoin, blockchain e outros.
As fintechs são um verdadeiro fenômeno global e, no Brasil, de acordo com o site Conexão Fintech, movimentaram mais de R$ 457 milhões em investimentos somente em 2017. A tendência é que cresçam, pois elas aumentam o acesso da população aos serviços financeiros.
Uma vez que atuam com foco na necessidade do consumidor — que pode ser pessoa física ou jurídica —, as fintechs conseguem ser eficientes e, ao mesmo tempo, reduzirem seus custos de operação por meio de atitudes que o sistema financeiro tradicional não abandona.
É o caso dos cartões de crédito por aplicativo. Os clientes de fintechs como NuBank, Inter e Agipag conseguem pedir o cartão pelo app, sem a necessidade de deslocamento até uma estrutura física e falar com um atendente. Sem essas etapas, a startup evita o repasse de certos custos para o consumidor.
O fato de as fintechs serem mais práticas faz com que as pessoas e empresas tenham acesso a serviços que antes eram reservados para uma parcela mais exclusiva. E isso movimenta a concorrência no setor, obrigando os bancos e financeiras a serem mais competitivos.
Quais são os benefícios das fintechs para as empresas?
Organização das finanças
Algumas fintechs são especialistas no assunto e fornecem de apps a softwares completos de ERP para empresas de pequeno e médio porte — identificando e categorizando todas as entradas e saídas para que você otimize a utilização do próprio dinheiro e consiga investir mais em seu negócio.
Redução das tarifas bancárias
Como são on-line, muitos bancos de fintechs oferecem pacotes sob medida para as empresas. Os pontos de contato são digitais e essas startups conseguem reduzir e, em alguns casos, até eliminar taxas. Elas também usam robôs que programam a compra e venda de ativos — fazendo com que o dinheiro da empresa renda mais.
Otimização da cotação de empréstimos
Quando sua empresa precisa de capital de giro, é importantíssimo consultar uma grande quantidade de instituições financeiras que emprestam dinheiro. Fazer isso manualmente, uma por uma, leva tempo e não é eficaz. Por meio de uma fintech, você cria o perfil do seu negócio, estipula o valor e recebe as propostas para avaliar.
Pagamento de salários, comissões e despesas de funcionários
Nem sempre é fácil controlar as despesas de viagens e representação comercial de funcionários que atuam como vendedores. O controle por planilha é demorado e pode levar ao erro por causa de um preenchimento equivocado, por exemplo. Contudo, sua empresa pode adotar um cartão pré-pago.
Por meio dele, você fornece o crédito necessário para cobrir suas despesas ou reembolsa os valores gastos. Essa mesma solução pode ser utilizada na premiação de colaboradores, envio de recursos financeiros ao exterior, compras on-line ou de acordo com as necessidades do seu negócio.
Cada funcionário pode ter o seu cartão e, por meio dele, receber o salário e até os benefícios no início da contratação. O mesmo vale para os colaboradores que viajam e até departamentos inteiros, concentrando os gastos em um meio de pagamento 100% gerenciável pelo computador.
Como o mercado está reagindo às fintechs?
A era de planos e processos rígidos, que impediam os consumidores e empresas de ter acesso às soluções financeiras, ganhou uma concorrência menos burocrática e mais disposta a agradar seus clientes. Do atendimento personalizado à eficiência em suas ações, as fintechs estão mudando o panorama do mercado.
As inovações que as fintechs trazem podem ser, em alguns casos, pequenas — mas incomodam profundamente aquelas empresas que não souberam acompanhar as necessidades dos consumidores. O que era comum antigamente passou a ser visto como perda de tempo e dinheiro.
É o caso do empréstimo. Bater de porta em porta para achar aquele com as menores taxa é algo surreal. O mesmo vale para a pequena ou média empresa que só tinha como opção aceitar aquele pacote enorme e cheio de taxas e serviços dos bancos — e que ainda eram pouco usados.
Se o consumidor atual resolve boa parte dos seus problemas por meio de um aparelho como o smartphone, por que as empresas não têm o mesmo direito? A eficiência precisa ser sentida nas duas pontas, aquecendo os setores e tornando as empresas ainda mais competitivas.
No entanto, o movimento das fintechs, que era visto com um certo descrédito pelas grandes empresas, passou a ser encarado com seriedade e elas estão correndo atrás do prejuízo. Para isso, as grandes corporações já oferecem serviços on-line e atendimento mais rápido e personalizado.
Grandes bancos já permitem que seus clientes abram contas pela internet — inclusive aquelas que não têm taxas. Outras instituições decidiram entrar no ramo das fintechs e criaram áreas e novas empresas com o objetivo de fazer com que elas sejam tão competitivas quanto as startups.
A revolução causada pelas fintechs revela outra necessidade: a de migrar a gestão financeira para o digital. Quando ela é feita do modo manual, sua empresa perde velocidade e está suscetível aos erros que comprometem os investimentos. Além disso, burocracia não combina com negócios que desejam ser rentáveis.
O tempo que sua equipe gasta executando tarefas manualmente, como o preenchimento de dados em tabelas complexas, escancara o modo como você aproveita seu capital humano e financeiro. Sendo assim, considere dar um passo adiante e siga o exemplo das fintechs.
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